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Análise preliminar de risco: o que é e 7 dicas para aplicar

Algumas NRs tornam a Análise Preliminar de Risco (APR) obrigatória. No entanto, ela é uma aliada de todas as empresas que tem como objetivo evitar perdas humanas. Confira!

Milhares de profissionais enfrentam situações que, se não forem geridas adequadamente, podem resultar em acidentes e até mesmo perda da vida. É nesse contexto que a Análise Preliminar de Risco (APR) se torna uma aliada, permitindo que empresas e colaboradores identifiquem e mitiguem perigos antes que eles se concretizem.

A APR não é apenas um procedimento burocrático, mas uma prática que pode transformar a cultura de segurança de uma organização. Ao adotar uma abordagem proativa, é possível não só proteger a saúde dos trabalhadores, mas também aumentar a produtividade e a eficiência operacional. Neste sentido, entender como aplicar a APR de forma eficaz pode ser o diferencial que garante um ambiente de trabalho mais seguro e consciente.

Se você deseja aprofundar-se nessa prática essencial e descobrir como implementá-la em sua empresa, continue lendo e conheça 7 dicas valiosas que irão guiá-lo na realização de uma Análise Preliminar de Risco eficaz.

A imagem mostra um homem escorregando em um piso molhado, ao lado de uma placa de alerta, ilustrando uma situação comum de acidente de trabalho em ambientes corporativos.

Panorama dos acidentes de trabalho no Brasil

Em 2024, o Brasil enfrentou uma realidade preocupante em relação à segurança do trabalho, com a ocorrência de 724.228 acidentes de trabalho, conforme dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), eSocial e Ministério da Previdência Social. Desses, 74,3% foram classificados como acidentes típicos, ocorrendo dentro do ambiente de trabalho, enquanto 24,6% se referiram a acidentes de trajeto, durante o deslocamento entre casa e trabalho. Além disso, apenas 1% dos casos foram registrados como doenças ocupacionais.

Os números não param por aí. Em 2023, o Brasil contabilizou 2.888 acidentes de trabalho fatais, um indicador preocupante. A maioria dos acidentes resulta em afastamentos curtos, com 61,07% dos casos gerando afastamentos de até 15 dias e 11,91% resultando em períodos mais longos.

Esses dados ressaltam a persistência e a gravidade dos acidentes de trabalho no país, evidenciando a urgência de aprimorar as políticas de prevenção e segurança ocupacional. 

Neste contexto, a Análise Preliminar de Risco se torna uma aliada, pois permite identificar e mitigar perigos antes que se tornem acidentes, contribuindo para um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.

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A imagem mostra um profissional ao lado de uma checklist de segurança, com destaque para um barril com símbolo de risco químico.

O que é a Análise Preliminar de Risco (APR)?

A Análise Preliminar de Risco consiste na identificação de perigos que podem causar danos, avaliação da probabilidade desses perigos se concretizarem e análise das consequências que poderiam resultar. Esta abordagem proativa ajuda as organizações a implementar medidas preventivas antes que ocorram acidentes.

Quando a APR é obrigatória?

A APR está citada em algumas Normas Regulamentadoras (NRs) que estabelecem diretrizes específicas para garantir a proteção dos trabalhadores em diferentes contextos. 

Normas Regulamentadoras que tornam a APR obrigatória

NR 20 – Segurança e Saúde no Armazenamento e Manuseio de Produtos Químicos

Esta NR especifica que deve ser elaborada uma APR para atividades e locais de classe 1. São definidos como postos de serviço com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis e atividades de distribuição canalizada de gases inflamáveis em instalações com Pressão Máxima de Trabalho Admissível – PMTA limitada a 18,0 kgf/cm2. 

NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração

Nesta NR, a APR é citada no seguinte trecho. 

“Os trabalhadores das organizações de prestação de serviço devem ser acompanhados na atividade exercida, de forma permanente, por trabalhador capacitado pela contratante, após realização de análise preliminar de riscos das atividades a serem executadas, durante todo o período da prestação de serviço ou ser submetido à capacitação”.

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A imagem mostra um profissional com lupa analisando riscos indicados em um checklist, ao lado de um capacete e um cone de segurança. A ilustração representa o processo de análise preliminar de risco para identificar e prevenir possíveis perigos no ambiente de trabalho.

7 dicas para realizar sua APR

A Análise Preliminar de Risco requer a realização de um processo e algumas ações podem ajudá-lo a tornar a APR ainda mais fácil de ser executada, além de aumentar a eficácia. 

1. Análise individual de tarefa

Cada tarefa realizada em um ambiente de trabalho pode apresentar riscos específicos. Ao analisar cada uma delas separadamente, você consegue identificar perigos que podem passar despercebidos em uma análise mais abrangente. Essa abordagem detalhada ajuda a garantir que todos os aspectos sejam considerados.

2. Divida o trabalho em pequenas tarefas

Dividir o trabalho em pequenas tarefas facilita a identificação de riscos associados a cada etapa do processo. Essa fragmentação permite uma avaliação mais precisa e aumenta as chances de identificar perigos antes que ocorram, contribuindo para uma maior segurança no ambiente.

3. Identificação dos perigos

A identificação de perigos é uma das etapas mais críticas da APR. Isso envolve observar e analisar o ambiente de trabalho, as condições de operação e os comportamentos dos trabalhadores. Utilize ferramentas como entrevistas, observações diretas e análise de acidentes anteriores para compilar uma lista abrangente de possíveis riscos.

4. Plano de prevenção aos riscos

Após identificar os perigos, é essencial elaborar um plano de prevenção que descreva as medidas a serem tomadas para mitigar os riscos. Esse plano deve incluir ações corretivas, treinamentos para os colaboradores e a implementação de equipamentos de proteção, garantindo que todos estejam preparados para agir em caso de emergência.

5. Documente os resultados da APR e divulgue aos funcionários

Documentar os resultados da Análise Preliminar de Risco é fundamental para garantir que todos os envolvidos estejam cientes dos perigos identificados e das medidas de prevenção estabelecidas. A divulgação dessas informações promove uma cultura de segurança e responsabilidade entre os funcionários, além de servir como referência para futuras análises.

6. Revise sua Análise Preliminar de Riscos

A revisão periódica da APR é fundamental para garantir que ela permaneça relevante e eficaz. Mudanças nas operações, novos equipamentos ou alterações na equipe podem introduzir novos riscos. Estabeleça um cronograma para revisar e atualizar a análise, envolvendo a equipe neste processo.

7. Use checklists digitais para sua APR

A utilização de checklists digitais pode facilitar a realização da Análise Preliminar de Risco. Ferramentas digitais permitem uma coleta de dados mais eficiente, acompanhamento em tempo real e fácil acesso às informações. Além disso, checklists digitais podem ser atualizados rapidamente, garantindo que todos os envolvidos tenham acesso à versão mais recente da APR.

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